Mas não são somente as terras indígenas que preservam, os territórios quilombolas, reservas extrativistas, parques ambientais, também. Tudo isso garantido por lei. No entanto, a maioria dessas áreas protegidas está sob algum tipo de pressão oriunda das atividades exploratórias. Enquanto isso, o processo de demarcação desses territórios que estavam em andamento têm um futuro incerto, o que torna a luta desses povos ainda mais heróica.
É a floresta que traz perspectiva de desenvolvimento e segurança física e cultural aos povos indígenas, quilombolas, extrativistas e muitas comunidades da Amazônia. Afinal essas pessoas desenvolveram conhecimentos sobre o uso dos recursos naturais dessas áreas ao longo de milhares de anos. Muitas plantas, por exemplo, se desenvolveram para o que conhecemos hoje por meio de técnicas indígenas de manejo da floresta, como a castanheira, a pupunha, o cacau, o babaçu e a mandioca.
O potencial econômico da Amazônia é imenso. Tanto que, só em produtos da floresta, o Brasil foi capaz de movimentar cerca de R$ 1,43 bilhão ao ano em 2014, segundo o IBGE.
Além disso, o turismo de base comunitária também é uma atividade promissora para a geração de emprego, renda e a preservação do patrimônio cultural dos povos da Amazônia.