Sobre o UNI

UNI é um hub de conexão dos povos da Amazônia entre si e com o mundo. ​


Visão

Cachoeira Porteira.

Os povos da Amazônia são os responsáveis pela preservação da floresta e é assim porque seu sustento depende dela em pé. UNI busca dar voz aos habitantes da floresta fortalecendo e ajudando-os a preservá-la. A UNI fomenta uma relação de respeito para com quem cuida do maior patrimônio do Brasil.

O PROJETO

A Amazônia é a maior floresta tropical do mundo e ocupa mais de 60% do território brasileiro, mas 20% de sua área já foi desmatada. Estudos indicam que se a floresta perder mais 5% desse território o processo de desertificação será irreversível. Além da riqueza de sua biodiversidade, a floresta amazônica é responsável pela regulação do regime de chuvas ao leste dos Andes. A perda da floresta, e do equilíbrio climático que ela cria, é um caminho sem volta. Ao perdê-la, perde-se também uma diversidade de conhecimentos que seriam importantes para a construção de um futuro sustentável no planeta. Este tesouro hoje está nas mãos dos povos da Amazônia. Sobretudo indígenas, quilombolas e ribeirinhos.

Os guardiões da floresta vivem em harmonia com a natureza e lutam para mantê-la em pé, mas nunca são ouvidos. Pelas riquezas de seus territórios, mais do que nunca sofrem pressões. Estão ameaçados e com eles a floresta amazônica.  

O que pode ser feito?

 

Há muitas iniciativas em prol da floresta e seus habitantes: associações, startups, empreendedores independentes, Organizações da Sociedade Civil, empresas, institutos e ONGs fazem isso muito bem. No entanto, a sinergia entre essas diversas ações é muito baixa, em geral, isoladas umas das outras e sem conexão direta com os demais moradores da região. Por isso, criar canais de contato entre quem mora na Amazônia ou quem está fora e se preocupa com o bioma, é urgente.

Pensando em conexões, André Delia, vai mais longe:

“O homem e floresta são interligados química, física e por que não dizer; espiritualmente. Por vezes esquecemos que fazemos parte de um sistema muito mais inteligente que os nossos, a natureza.”

André é um dos idealizadores do projeto, segundo ele:

“UNI acredita no valor e na força dos povos da floresta, por isso queremos aumentar a visibilidade dessas comunidades, valorizar sua cultura, dividir conhecimento, criando esta rede para a promoção de ações positivas e ajudar também a evitar ações violentas que acontecem sem que ninguém fique sabendo".

Uma rede online de união dos povos da floresta,
um território digital da Amazônia, na internet.


Como a UNI funciona?

A UNI tem 3 eixos de ação

Eixo 1 – Comunicação:

A UNI manterá uma página de conteúdos sobre os povos da Amazônia, idealmente produzidos pelas próprias comunidades. Serão vídeos, fotos e textos com histórias de cada lugar, projetos, dados de cultura e suas lutas. Com a troca de conteúdos criam-se laços de empatia. Conhecimentos e sabedorias são compartilhados, aumentando a sinergia entre as várias comunidades e entre elas e instituições que trabalham na região.

Workshops de capacitação para produção de conteúdo e postagem na rede serão ministrados quando solicitados, sempre dentro dos limites da nossa capacidade em atender.

Cachoeira Porteira.
Cachoeira Porteira.

Eixo 2 – Conexão:

Através da UNI, povos que não se conhecem poderão trocar experiências ligadas aos seus trabalhos, criar parcerias, dialogar com empreendedores que atuam na floresta para encontrar novas oportunidades e aumentar seu potencial econômico.

A UNI dará especial atenção à visibilidade de campanhas de crowdfunding, projetos comunitários, startups em busca de financiamento e empreendedores que trabalham na cadeia da economia da floresta.

O objetivo é que as trocas e conexões proporcionadas pela UNI possam ser, além de fonte de conhecimento, um instrumento de mobilização.

Eixo 3 – Conhecimento:

O projeto quer promover a troca de conhecimento através de workshops, intercâmbios e ensino a distância entre povos , instituições, empresas privadas e pessoas que estão fora da Amazônia.

A plataforma UNI terá também informação  de filmes, séries, livros, exposições e eventos, tudo indicado pela comunidade UNI.

FERNANDA FRAZÃO®

Os primeiros passos
já estão sendo dados

A UNI ainda é uma semente, mas já está promovendo conversas com associações comunitárias, Organizações da Sociedade Civil, institutos, fundações, empresas privadas, produtores de conteúdo, influenciadores e gente que se importa com a Amazônia e com o nosso futuro. Assim está sendo formada uma comunidade UNI.  A semente já está germinando.

Nossa primeira ação, em conjunto com a Equipe de Conservação da Amazônia (Ecam), foi a conexão com três comunidades no interior do Pará. Cachoeira Porteira, Ariramba e Jauary são comunidades quilombolas que ocupam aquele território desde o século XIX.  Seus moradores são descendentes de negros escravizados que fugiram para a floresta e ali construíram suas vidas.

Em Ariramba a comunidade sinalizou a importância do acesso à educação. Jauary quer finalizar a construção de um museu sobre a cultura quilombola. Cachoeira Porteira tem o turismo de experiência em crescimento como uma alternativa econômica além da coleta e venda de castanhas. Essas três comunidades conseguiram a titulação de seus territórios enfrentando pressões para que deixassem suas terras em troca de dinheiro. Eles são guardiões de uma área de 9,5 mil quilômetros quadrados, um território maior que Dubai e mesmo com o título lutam para impedir o avanço do desmatamento, encarando desafios e ameaças.

A Amazônia brasileira tem mais de 5 milhões de quilômetros quadrados e milhares de formas de viver. Queremos mostrar essa diversidade para o mundo.

Para lançar a plataforma foram realizadas 70 horas de workshop de comunicação digital  com enfoque na produção e postagem de vídeos e fotos. O resultado inicial foi: 3 perfis de instagram dessas comunidades já online e 4 mini documentários finalizados E muitas histórias ainda estão por vir.


Próximos Passos

 

Em março de 2019, no festival SXSW, faremos o lançamento da UNI mostrando as histórias desses heróis, exemplos da resistência dos povos da Amazônia, em uma palestra com Claudinete Colé, líder quilombola, além  do cineasta Fernando Meirelles, do diretor André D’Elia e de Vasco Roosmalem, diretor da Ecam.  O objetivo é discutir com a comunidade internacional a importância da conexão dos povos da floresta com o mundo e buscar parcerias para esta iniciativa.

As decisões sobre o destino da floresta Amazônica estão nas mãos de pessoas de fora dela que buscam repetir modelos de desenvolvimento já trilhados, nem sempre com sucesso, sem considerar as especificidades e o potencial da floresta.  A inteligência para achar as soluções e desenvolver uma economia da floresta que a sustente está na cabeça e na experiência dos moradores locais. Num momento em que o bioma se vê ameaçado, amplificar suas vozes é uma atitude sensata.

Estamos procurando respostas, parceiros, apoiadores, produtores de conteúdo, mentes inovadoras, gente que se importa. Queremos formar esta rede de pessoas comprometidas com um futuro para todos nós.

UNI é uma semente, venha fazer parte dessa floresta.

 

Conecte-se à UNI.

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